Amor e investigação não formam par | Namorada Criativa - Por Chaiene Morais
Dicas

Amor e investigação não formam par


Eu não sei se é o caso das amigas que me lêem aqui, mas acontece muito comigo a seguinte situação: a namorada/ficante/peguete/mulher/esposa/concubina fuça no celular/facebook/email/caixa postal do companheiro e encontra alguma coisa que a deixa com a pulga atrás da orelha. Encontra algo que não compreende, que dá margem a algumas interpretações – que a cabeça dela já começa a fabricar em ritmo de linha de montagem – e inicia assim um processo investigativo de querer saber o que o dito cujo realmente sente, o que quis dizer com as mensagens, porque ele quis sair com os amigos, onde ele estava na manhã de onze de setembro…



A situação parece familiar?

Pra mim sim. E sempre que alguma amiga me procura com essa angústia a minha resposta é sempre a mesma. Uma pergunta:

– Você confia no teu taco?

E elas ficam mudas, olhando pra mim sem conseguir fazer qualquer relação entre o caso apresentado e a pergunta/resposta aparentemente desnecessária.

Meu ponto de vista é o seguinte: se existe amor, não existe a insegurança – existe conversa, troca, acordo, companheirismo. Quando começam a surgir dúvidas e a falta de confiança toma o controle das nossas atitudes, precisamos rever todo o sentimento, e não a rotina do namorado. Quando uma sexta feira longe do namorado – que quis sair e encher a cara com os amigos porque ele adora – nos deixa com angústia e sem saber o que fazer, é a hora de reavaliar o sentimento que está sendo alimentado nessa relação. 

Se a amiga começou a fuçar nas tralhas do namorado pra saber o que ele anda fazendo, não acredita no próprio sentimento. Não quero dizer que o amor é perfeito e não permite altos e baixos ou momentos de insegurança – claro que permite – mas se uma investigação parece mais adequada do que uma conversa franca, olho no olho, alguma coisa está errada lá atrás. Como é possível amar uma pessoa sem confiar que ela nos dará uma resposta franca e sincera – principalmente quando o assunto é o sentimento entre os dois? É preciso saber diferenciar sinceras frases de amor de xavequinhos desprovidos de sentimento.

Muitas amigas acabam respirando fundo e respondendo um SIM trêmulo para a minha pergunta polêmica. Mas antes de começarem sua resposta eu ataco com outra:

– Você confia nele?

E travam aí. 

Ora, se você não sabe a resposta pra essa pergunta, precisa reavaliar o seu conceito de amor. Não existe amor sem confiança. Se você começou a investigar o seu namorado, é bem capaz que exista um problema maior no seu sentimento do que na mensagem que ele mandou pra um amigo. Muitas pessoas projetam o amor em um objeto de desejo, de maneira a se sentirem preenchidas por ele. Acabam esquecendo que o amor nasce dentro de nós e que, sem o autoconhecimento que só amor próprio nos traz, ficamos esperando que alguém nos traga a plenitude e a sensação de alegria que o amor carrega. 

É por essas e outras que digo que amor e investigação não combinam. Se você começou a sentir a necessidade de montar perfis falsos em redes sociais, ou invadir a privacidade do seu bofe de alguma maneira, pergunte a si mesma como andam os seus sentimentos. O seu amor por você, pelo namorado, pela relação de vocês dois. Se você acha que vai fazer um trabalho de detetive pra descobrir que não há nada errado, está muito enganada. Algo já está muito errado, e os resultado dessa CPI do Relacionamento não vai resolver nada essa questão.

O buraco – pra variar – é sempre mais embaixo!


Texto escrito por Maura Camargo, amante, blogueira e disseminadora das frases de amor mais bonitas que encontra na internet!


*O texto acima reflete apenas a opinião da autora.
Mais dicaspara você!
Presentes para namorado médico ou estudante de medicina [Dica da Leitora]
Domingo de compras no Shopping Cerrado com dicas de presentes
Presentes para apaixonados por carros, motos e decoração retrô